quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O cantil


Quando surgiu, o Mateu era um produto inovador.

Os vinhos rose distinguem-se pela sua coloração intermédia entre os brancos e os tintos, resultante da mistura de lotes de uvas tintas que passam por um processo de vinificação semelhante ao do vinho branco. Curiosamente, as mesmas castas necessárias a produção dos melhores Vinhos do Porto podem ser empregues na criação de um bom vinho rose. Por isso, a Sogrape é muito selectiva nas aquisições à lavoura, controlando a qualidade das uvas usadas no Mateus Rose pelo grau alcoólico.
Mas a inovação não se ficou pelo produto em si: a apresentação deste também tinha de ser completamente diferente, tinha de ser única.
É então que surge a garrafa baixa e bojuda, inspirada nos cantis dos militares da Segunda Guerra Mundial.

Quando, nos anos 40, o Sr. Fernando Van Zeller Guedes (Pai) quis criar uma imagem para o seu vinho rosé, recorreu a um grande amigo que tinha um palácio muito bonito, do qual lhe estava disposto a ceder os direitos de imagem. A troco de um pagamento, feito de uma só vez, esse amigo cedeu-lhe os direitos sobre o Palácio de Mateus e até hoje essa contratação tem estado vigente. Já são os descendentes dos originais contratantes que hoje em dia se sentam à mesa para falar sobre esse contrato, no entanto isto mostra bem como tem sido longa a vida desta marca "Mateus" celebrizada no vinho rosé.

Assim, o rótulo, nobre e inovador para a época, retratava a imagem do Palácio de Mateus, uma casa fidalga e de arquitectura barroca, fazendo a ligação entre o produto e a terra de origem.

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